sábado, 16 de setembro de 2017

CONVIDAMOS PARA O VII ENCONTRO DO GRUPO-PROGRAMAÇÃO 17 e 18 de outubro

PROGRAMAÇÃO 
Auditório da Reitoria da UnB

Resumos da apresentações sobre a temática do
XX Congresso Internacional de Humanidades *:
Desorientação social, incertezas e reorientações em 
contextos latino- americanos

Dia 17 de outubro de 2017
14h- 14h30
Mesa de Recepção do VII Encontro
Profa. Dra. Rozana Naves – diretora do Instituto de Letras /UnB
Profa. Dra. Carmen Balart – decana da UMCE-Chile
Profa. Dra. Sylvia Cyntrão- líder do Grupo de Pesquisa- Póslit/IL UnB

14h30h às 15h45
Mesa 1-LUGARES, RUMOS E REORIENTAÇÕES DAS QUESTÕES ARTÍSTICO-CULTURAIS FRENTE À CONTEMPORANEIDADE

Sylvia H. Cyntrão (UnB)
Projeto “Mapeamento conceitual da crítica contemporânea mobilizada pelo grupo de pesquisa ‘Textualidades contemporâneas: processos de hibridação’”.
Visa-se relatar a proposta do  trabalho de pesquisa que terá como base de apoio os estudos analíticos apresentados nos encontros temáticos de 2015 a 2017 pelos membros do Grupo ‘Textualidades contemporâneas: processos de hibridação’. O conclusivo a que se pretende ao final de 2018 visa a apontar características do sujeito discursivo cuja expressão acadêmica se volta para as temáticas transversais de cunho existencial e relacional-social. O processo de tradução contemporânea da tradição cultural latino-americana, hibridamente construída, determina a necessidade em fazer uma abordagem crítica sobre a produção do Grupo, para o afinamento do diálogo teórico interinstitucional.
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Júlio Cesar Valladão Diniz (PUC-Rio/CNPq)
Memória, amnésia e invenção: o testemunho do estrangeiro
O trabalho tem como tema central a discussão sobre o testemunho como lugar de fala na representação híbrida e desfocada do estrangeiro na contemporaneidade. Os objetivos principais do texto são: refletir sobre as representações do estrangeiro na cultura contemporânea; configurar um olhar (do) estrangeiro como categoria emergente num sistema multicultural em tensão; e analisar representações estéticas na perspectiva dos estudos culturais, com ênfase na discussão de questões do presente – corpo, identidade, mercado, mídia, ética, política e nação. 
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Wilton Barroso Filho (UnB)
Epistemologia da confusão: uma discussão sobre o papel do sujeito em Foucault na narrativa literária contemporânea
As principais características do conceito de sujeito em Foucault são o cuidado de si e a cultura de si. Pretendemos aplicá-las a narradores duplos da literatura como nos romances La modification de Michel Butor, Aura de Carlos Fuentes e Uma duas de Eliane Brum, que cotejados por Eu e os outros, texto teórico de Carlos Fuentes fazem emergir um problema filosófico novo: a confusão ou negação da ordem estabelecida, o que obriga uma releitura da constituição do sujeito foucaultiano,  que faz emergir um sujeito impregnado de presenteísmos agamberinos. Traz-se considerações relevantes acerca de uma Estética da Confusão, e de uma Hermenêutica da Confusão, ou seja,  levando em consideração as noções de tempo de Ricoeur, podemos elencar algumas das novas perspectivas de velhas noções como pertencimento e identidade no mundo globalizado contemporâneo.
15h45-Café
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16h- 17h30

Mesa 2- DESORIENTAÇÕES SOCIAIS E AS NOVAS TEXTUALIDADES

Rogério Lima (UnB)
Corpo, o que a arte evoca em nós: corpo ruindo

A partir do tema do XX Congresso de Humanidades: "Desorientação social, incertezas e reorientações em contextos latino-americanos" e das inquietações críticas e teóricas surgidas no âmbito das discussões dos encontros do grupo Textualidades Contemporâneas: Processos de Hibridação esse trabalho volta a sua atenção para aqueles que classificamos como objetos desconsiderados com o objetivo de produzir um olhar reflexivo sobre a performance do artista a partir de eventos considerados sem importância ou banais.

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Rafaela Scardino (UFES)

Pulsações de um corpo que se prolifera: precariedade e potência em Diamela Eltit

Os corpos dos personagens de Diamela Eltit oferecem sempre resistência ao poder, seja ele exercido pela linguagem, pelas relações familiares ou institucionais. Pretende-se analisar como a linguagem que se organiza a partir do corpo dos personagens propõe formas de resistência e potência na aceitação de sua precaridade, e como a precaridade é, ainda, fonte de uma perseverança à qual esses sujeitos podem se ater.
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Natalia Valenzuela y Patricio Escorza (UMCE) 
Identidad de mujeres con discapacidad desde una perspectiva de género
La jerarquización de los poderes diferenciales patriarcales, biomédicos y neoliberales, en el campo social de la discapacidad, que han codificado los esquemas de percepción desde la categorización binaria normal/anormal, influyen en las prácticas respecto de las conductas de desviación social en mujeres con discapacidad, legitimando la lógica de la rehabilitación como técnica de adiestramiento corporal a través del poder de la normalización como tecnología política – ideológica. Son las mujeres “sanas”, desde la dominación masculina y biomédica, las únicas que tienen derecho a las expresiones erótico – afectivas y las únicas que pueden constituirse como madres. Lo mismo sucede con la posibilidad de iniciar y mantener relaciones de pareja, sean estas heterosexuales u homosexuales. La identidad erótico – afectiva de las mujeres con discapacidad no es una edificación personal, es una construcción social que les impone una vida assexuada.
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Dia 18 de outubro de 2018

9h30 às 11h

Mesa 3- IMPASSES HISTÓRICOS LATINO-AMERICANOS E SUA REPRESENTAÇÃO ARTÍSTICA

Carmen Balart e Silvia Cortés (UMCE)
Múltiples voces, diferentes lecturas, un mundo histórico-literario: Tengo miedo torero, de Pedro Lemebel
Variados y antitéticos discursos constituyen el mundo narrativo de Tengo miedo torero, de Pedro Lemebel (1952-2015). El asunto de la novela, una circunstancia histórica: la emboscada al dictador Augusto Pinochet, en 1986, recreada desde la perspectiva de la ficción. En el relato, no hay una sola voz, sino una multiplicidad de voces, cada una desde su verdad, y todas ellas, en su simultaneidad, develan el destino de una época, de unos personajes, de un tiempo-espacio, construido mediante un lenguaje irreverente que denuncia social y políticamente. Se entrecruzan: el mundo militar, Pinochet, los generales y los “milicos”; Lucía Hiriat y las esposas de los militares; Carlos y los revolucionarios del Frente Patriótico Manuel Rodríguez; el protagonista, la Loca del Frente y sus amigas; y, de trasfondo, radio Cooperativa, que anuncia y denuncia incidentes.
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Elga Pérez-Laborde (UnB)
Proposta escritural e desestruturação da linguagem na obra de Diamela Eltit
Nesta comunicação analisamos a narrativa de Diamela Eltit como construção de um projeto crítico-literário, cujo propósito consiste e insiste em produzir uma escrita que interpela ordens institucionais e estéticas no processo de textualização. Através da interpretação simbólica dos romances Los trabajadores de la muerte e Fuerzas especiales tentamos desvendar suas transgressões, estratégias e a consequente desarticulação dos discursos hegemônicos patriarcais.
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Luis Aravena (UMCE)
Acuerdos y desacuerdos; disensos en la transición chilena. El caso del Partido Comunista.
 La prolongada transición política de la década de los 80 y 90 en Chile ha sido caracterizada como “transición pactada” debido a los acuerdos establecidos entre el régimen saliente (Gobierno Cívico – Militar encabezado por Pinochet) y el gobierno entrante (Concertación de Partidos por el No). Aunque predominaron los acuerdos, el disenso estuvo marcado por un histórico partido de izquierda: el Partido Comunista de Chile. La vía política y la vía armada para terminar con el régimen de Pinochet, será punto de desencuentro entre la Concertación y el Partido Comunista. El descarte inicial de contar con el PC como un aliado, marcada por la fuerte oposición de la Democracia Cristiana y a la vez la resistencia de las figuras más reconocidas del PC, mostrará fuertes contrastes con la actualidad.
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Jaime Galgani (UMCE)      
Vicente Huidobro, poeta y reportero de guerra. Hibridación genérica literario-periodística en el contexto de la Segunda Guerra Mundial y la Guerra Civil Española
En el contexto de las investigaciones relacionadas con el proyecto FONDECYT REGULAR 1160222, y en el análisis de textualidades contemporáneas híbridas, se presentan resultados relacionados con la investigación sobre la colaboración del poeta Vicente Huidobro como reportero y cronista durante la Segunda Guerra Mundial y la Guerra Civil Española. El propósito de la investigación: definir cómo el poeta chileno moviliza los recursos poético-literarios al ámbito periodístico y al del reportaje y crónica de guerra. Son tres los aspectos revisados: movilizaciones de recursos retóricos literarios a la prensa, presupuestos ideológicos del discurso huidobriano y relaciones entre literatura y prensa. El modelamiento teórico considera los aportes de los escritores en la prensa entre 1880 - 1945, caracterizado por la asunción de la modernidad latinoamericana.
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11h- Café

11h15- 12h45

Mesa 4
LEITURAS E REORIENTAÇÕES PARA IMPASSES CONTEMPORÂNEOS

Fernando Fiorese (UFJF)
Borges e Cortázar: os transtornos da metafísica
A partir da leitura de duas breves narrativas dos escritores argentinos Jorge Luis Borges (“Del rigor en la ciencia”) e Julio Cortázar (“Su fe en las ciencias”) pretende-se pensar os modos e manobras da literatura latino-americana no sentido de realizar a crítica do domínio global da objetividade da ciência-técnica e do ideal europeu de civilização e progresso enquanto desdobramentos do sistema metafísico.
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Teresa Ayala (UMCE)
El poder de la imagen dentro del texto. Multimodalidad en la era digital
En el presente siglo la tecnología digital ha permitido la circulación de nuevas textualidades que se caracterizan por ser multimodales gracias a la utilización de diversos modos semióticos. La imagen se constituye en un componente fundamental que está presente en distintas manifestaciones discursivas, por lo que en el presente trabajo se intenta reflexionar respecto del valor de la imagen en la era digital.
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René Zúñiga (UMCE)
La modernidad en la hibridación de la lira popular. Lectura de Rodolfo Lenz
La lira popular se caracteriza por un doble juego dinámico. Por una parte, desde el punto de vista de la creación, quiere acercarse a la literatura de prestigio, al modelo, a la tradición legitimada. Por otra, desde el punto de vista de la difusión oral de la producción, sus poetas apuntan a las clases postergadas, a los rincones urbanos más marginados, a los que no tienen acceso al libro y a la cultura en general. Así entonces, se va configurando en los textos líricos una articulación al menos doble; desde la enunciación tradicional de prestigio y al mismo tiempo desde una enunciación más didáctica y picaresca. Este fenómeno puede apreciarse claramente en la lírica amorosa, para lo cual se ha tenido presente particularmente la obra del poeta popular Daniel Meneses. Creemos que la interpretación de Rodolfo Lenz sobre la dinámica de lo popular es coincidente con lo que aquí se expone.
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Miguel Jost (PUC-Rio )
Literatura e educação: dilemas e impasses contemporâneos
O objetivo dessa comunicação é debater de forma crítica como a literatura, nesse caso a partir do livro Múltipla escolha do chileno Alejandro Zambra, e o cinema, a partir do curta-metragem Nada do brasileiro Gabriel Martins, vem colocando em tensão o modelo educacional de base como estruturado no contexto dos dois respectivos países.
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12h45-13h Mesa de Encerramento

* coordenação geral do XX Congresso-profa. Dra. Elga Laborde
  organização do VII Encontro- profa. Dra. Sylvia Cyntrão (ssylvia.c@gmail.com)

segunda-feira, 31 de julho de 2017

ABRALIC- Simpósio 74 “Textualidades contemporâneas – processos de hibridação”


PROGRAMAÇÃO 

08 de agosto
Manhã- 9h às 11h

9h-  ABERTURA -Saudação dos coordenadores do Simpósio

9h15- Mesa 1: Procedimentos e trânsitos das escritas contemporâneas
Rogério Lima (UnB) Textualidades dos espaços em trânsito: percepções, sensibilidades e afetos. (Mediador):
Daniel Castanheira (PUC-Rio): Quatro pontos de dispersão:      
 fratura, exílio, asilo, desistência.
Raissa de Góes (PUC-Rio): Esquecimento – Procedimento de escrita em três movimentos.
Mariana Kaufman (PUC-Rio): Para que tudo não vire poeira, ainda.
Anderson Pires da Silva (UFJF): A ficção contemporânea de Lourenço Mutarelli: as histórias em quadrinhos como extensão da literatura.

Tarde-14h às 16h

Mesa 2: Literatura contemporânea e as híbridas estratégias narrativas
Sylvia Cyntrão (UnB): Francisco é Francisco? Do gosto da  especulação no romance de Chico Buarque de Holanda (Mediadora)
Elizabeth Barros de Souza Lima (UnB): Literatura e espetáculo: A ironia como desejo em Leite Derramado.
Wilton Barroso Filho (UnB): Epistemologia da confusão: uma discussão sobre o papel do sujeito em Foucault na narrativa literária contemporânea.
Denise Moreira Santana (UnB): As vozes narrativas em busca de suas raízes.

09 de agosto

Manhã- 9h às 11h

Mesa 3:  Escritas de intervenção: literatura e práticas do comum
Miguel Jost (PUC-Rio): Políticas do audiovisual no Brasil contemporâneo: novos agentes, novas estéticas. (Mediador)
Marina Lima Mendes (PUC-Rio): Coletivos de cultura e ocupações: modos contemporâneos de reformular subjetividades e disputar narrativas
Julia Casotti Nogueira (PUC-Rio): Inscrições Urbanas: A cidade como suporte de outras escritas contemporâneas
Vitor Grabowski de Paiva (PUC-Rio): CEP 20.000: O direito à existência literária para além do livro
Felipe Paranaguá Braga (PUC-Rio): A parte do fogo: aproximações, equivalências, e narrativas do incêndio do MAM.

Tarde-14h às 16h

Mesa 4: Processos híbridos em literatura e música
Paulo da Costa e Silva (UFRJ) e Gustavo Sant’Anna (PUC-Rio): 
Bob Dylan e o híbrido da canção. (Mediador)
Angie Miranda Antunes (UFJF): Titãs, Torquato e Neruda: a textualidade da despedida.
Aicha de Figueiredo Barat (PUC-Rio): A capa e o estado permanente de invenção de si: a capa de disco como suporte para o (auto)retrato do artista.
Patrícia A. Schroeder Gonçalves (USP): “Eu tô te explicando pra te confundir”
A questão da personagem na ficção e o livro autobiográfico de Tom Zé.
Bernardo Mouzinho Girauta (PUC-Rio): Música e notação: das musas à indeterminação.

10 de agosto

Manhã- 9h às 11h
Mesa 5: Dispositivos híbridos: campos de força na contemporaneidade

Júlio Cezar Valladão Diniz (PUC-Rio/CNPq): Quereres – notações sobre três pequenos gestos (Mediador)
Leonardo Villa-Forte (PUC-Rio): Conversas entre teoria e ficção na obra e prática de escritores-professores universitários neste início de século XX.
Livia de Sá Baião (PUC-Rio): Guimarães Rosa curador de Guimarães Rosa.
Tiago Leite Costa (PUC-Rio): Terry Eagleton e ideologia do híbrido
Ana Gabriela Roiffe (PUC-Rio): O pop-camp político do Teatro do Ridículo.

Tarde-14h às 16h

Mesa 6: Literatura e história: aspectos da memória e do tempo
Flavio Martins Carneiro (UERJ): De volta ao labirinto: entre a literatura e a história. (Mediador)
Danusa Depes Porta (PUC-Rio): (Trans)tornar (a) o tempo e (a) história.
Jaime Galgani (UMCE- Chile): Literatura y prensa: intimidad escritural y contexto de violencia  en corresponsales de guerra.
Livia Penedo Jacob (UERJ): Memória, horror e alteridades em “Nove noites” de Bernardo Carvalho.
Lucas Fernando Gonçalves (UnB): A epistemologia do romance: fundamentação, pensamento, espírito e memória.

11 de agosto

Manhã- 9h às 11h

Mesa 7: Escritas contemporâneas: questão de vida, questão de morte
Fernando Fiorese (UFJF): Três poetas brasileiros e o rapto da pós-modernidade. (Mediador)
Marcio Tavares dos Santos (UFRGS): Poesia tropicália: uma análise da poesia na obra de Hélio Oiticica.
Maria Beatriz Castanheira (PUC-Rio): Sobre a escritura expandida de Nuno Ramos: para pensar-viver-sentir como modos artísticos de estar no mundo.
Nathália Coelho da Silva (UNB): A ficção enquanto possibilidade de se pensar o humano: estudos sobre o sujeito em “Uma duas”, de Eliane Brum.
Ana Maria Lisboa de Mello (UFRJ): Deslocamento, memória e hibridação cultural em “La dot de Sara”, de Célie-Marie Gagnant.

Tarde-14h às 16h

Mesa 8: Literatura e campo ampliado: escritas indisciplinadas
Frederico Coelho (PUC-Rio): Escritas da infratura (Mediador)
Omar Salomão (PUC-Rio): Suspiro – o que sobra e o que some através de Mira Schendel.
Adriana Maciel (PUC-Rio): O movimento dos corpos na renga particular de John Cage.
Luiz Guilherme Fonseca (PUC-Rio): Intoxicação voluntária e escritas de si na produção de subjetividades dissidentes.
Charles Philippe Jacquard (PUC-Rio): Imaginismo onilírico: pode o sonho produzir narrativas políticas?

15h45/16h- ENCERRAMENTO- Balanço , síntese do evento.
Fernando Fiorese , Júlio Diniz e Miguel Jost  e Sylvia Cyntrão (coord.)  _____________________________

terça-feira, 25 de julho de 2017

SIMPÓSIO 74 DA ABRALIC- grandes textos em contexto, de 8 a 11 de agosto, na UERJ!


O GRUPO DE PESQUISA TEXTUALIDADES CONTEMPORÂNEAS, PROCESSOS DE HIBRIDAÇÃO SAÚDA OS PALESTRANTES DAS INSTITUIÇÕES AMIGAS QUE CONSTRUIRAM CONOSCO  A PROGRAMAÇÃO DO SIMPÓSIO 74!
08 de agosto - manhã 9h às 11h
9h- SAUDAÇÃO DE ABERTURA dos coordenadores do Simpósio
9h15 às 11h
"Procedimentos e trânsitos das escritas contemporâneas"
Rogério Lima (MEDIADOR),Daniel Castanheira,Raissa de Góes,Mariana Kaufman, Anderson Pires da Silva
08 de agosto - tarde 14h às 16h
"Literatura contemporânea e as híbridas estratégias narrativas"
Sylvia Helena Cyntrão (MEDIADORA) ,Elizabete Barros,Wilton Barroso Filho,Denise Moreira Santana
09 de agosto - manhã 9h às 11h
"Escritas de intervenção: literatura e práticas do comum"
Miguel Jost (MEDIADOR),Marina Lima Mendes,Julia Casotti Nogueira
Vitor Grabowski de Paiva,Felipe Paranaguá
09 de agosto - tarde 14h às 16h
"Processo híbridos em literatura e música"
Paulo da Costa e Silva (MEDIADOR), Angie Miranda Antunes,Aicha de Figueiredo Barat, Bernardo Mouzinho Girauta, Patrícia Anette S.Gonçalves, Gustavo Sant'Anna de Souza
10 de agosto -manhã 9h às 11h
"Dispositivos híbridos: campos de força na contemporaneidade"
Júlio Diniz (MEDIADOR),Leonardo Villa-Forte,Livia de Sá Baião,Tiago Leite Costa,Ana Maria Lisboa 
10 de agosto - tarde 14h às 16h
"Literatura e história: aspectos da memória e do tempo"
Flavio Martins Carneiro (MEDIADOR),Danusa Depes Porta
Jaime Galgani,Livia Penedo Jacob,Ana Gabriela Dickstein Roiffe
11 de agosto -manhã 9h às 11h
"Escritas contemporâneas: questão de vida, questão de morte"
Fernando Fiorese (MEDIADOR),Maria Beatriz Castanheira,Nathália Coelho da Silva,Lucas Fernando Gonçalves
11 de agosto - tarde 14h às 16h
"Literatura e campo ampliado: escritas indisciplinadas"
Frederico Coelho (MEDIADOR),Omar Salomão,Adriana Maciel,Luiz Guilherme Fonseca,Charles Jacquard
15h45 -ENCERRAMENTO- Balanço-síntese da vivência.
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COORDENAÇÃO:
Sylvia Cyntrão (UnB); Júlio Diniz e Miguel Jost (PUC-RIO);
Fernando Fiorese (UFJF).

ABRALIC 2017-PROGRAMAÇÃO GERAL

http://www.abralic.org.br/downloads/programacao-2017.pdf

segunda-feira, 10 de julho de 2017

ABRALIC- SIMPÓSIO DO GRUPO "TEXTUALIDADES CONTEMPORÂNEAS"- PROGRAMAÇÃO

ABRALIC 2017
Programação Simpósio 74
Coordenação : Fernando Fiorese, Júlio Diniz , Miguel Jost e Sylvia Cyntrão
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8 de Agosto (terça-feira) – manhã Mesa 1:
1)   Rogério Lima (UnB): Textualidades dos espaços em trânsito: percepções, sensibilidades e afetos.
2)      Daniel Castanheira (PUC-Rio): Quatro pontos de dispersão:  fratura, exílio, asilo, desistência.
3)      Raissa de Góes (PUC-Rio): Esquecimento – Procedimento de escrita em três movimentos.
4)      Mariana Kaufman (PUC-Rio): Para que tudo não vire poeira, ainda.

8 de Agosto –tarde Mesa 2:
1)      Sylvia Helena Cyntrão (UnB): Francisco é Francisco?(Do gosto da   especulação no romance de Chico Buarque de Holanda)
2)      Elizabeth Barros de Souza Lima (UnB): Literatura e espetáculo: A ironia como desejo em Leite Derramado.
3)      Wilton Barroso Filho (UnB): Epistemologia da confusão: uma discussão sobre o papel do sujeito em Foucault na narrativa literária contemporânea.
4)      Denise Moreira Santana (UnB): As vozes narrativas em busca de suas raízes.
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9 de Agosto (quarta-feira) –manhã Mesa 3: 
1)      Miguel Jost (PUC-Rio): Políticas do audiovisual no Brasil contemporâneo: novos agentes, novas estéticas.
2)      Marina Lima Mendes (PUC-Rio): Coletivos de cultura e ocupações: modos contemporâneos de reformular subjetividades e disputar narrativas.
3)      Julia Casotti Nogueira (PUC-Rio): Inscrições Urbanas: A cidade como suporte de outras escritas contemporâneas.
4)      Vitor Grabowski de Paiva (PUC-Rio): CEP 20.000: O direito à existência literária para além do livro
5)      Felipe Paranaguá Braga (PUC-Rio): A parte do fogo: aproximações, equivalências, e narrativas do incêndio do MAM.

9 de Agosto –Tarde Mesa 4:
1)     Paulo da Costa e Silva (UFRJ):  Bob Dylan e o híbrido da canção.
2)      Angie Miranda Antunes (UFJF): Titãs, Torquato e Neruda: a textualidade da despedida.
3)      Aicha de Figueiredo Barat (PUC-Rio): A capa e o estado permanente de invenção de si: a capa de disco como suporte para o (auto)retrato do artista.
4)      Bernardo Mouzinho Girauta (PUC-Rio): Música e notação: das musas à indeterminação .
5)      Patrícia Anette Schroeder Gonçalves (USP): “Eu tô te explicando pra te confundir” – A questão da personagem na ficção e o livro autobiográfico de Tom Zé.
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10 de Agosto (quinta-feira) –manhã Mesa 5:
1)      Júlio Diniz (PUC-Rio): Quereres – notações sobre três pequenos gestos.
2)      Leonardo Villa-Forte (PUC-Rio): Conversas entre teoria e ficção na obra e prática de escritores-professores universitários neste início de século XX.
3)      Livia de Sá Baião (PUC-Rio): Guimarães Rosa curador de Guimarães Rosa.
4)      Tiago Leite Costa (PUC-Rio): Terry Eagleton e ideologia do híbrido.

10 de Agosto – Tarde Mesa 6:
1) Flavio Martins Carneiro (UERJ): De volta ao labirinto: entre a literatura e a história.
2)  Danusa Depes Porta (PUC-Rio): (Trans)tornar (a) o tempo e (a) história.
3)   Jaime Galgani (UMCE- Chile): Literatura y prensa: intimidad escritural y contexto de violencia  en corresponsales de guerra.
4)   Livia Penedo Jacob (UERJ): Memória, horror e alteridades em “Nove noites”de Bernardo Ca
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 11 de Agosto (sexta-feira)– Manhã Mesa 7:
1)      Fernando Fiorese (UFJF): Três poetas brasileiros e o rapto da pós-modernidade.
2)      Maria Beatriz Castanheira (PUC-Rio): Sobre a escritura expandida de Nuno Ramos: para pensar-viver-sentir como modos artísticos de estar no mundo.
3)      Nathália Coelho da Silva (UnB): A ficção enquanto possibilidade de se pensar o humano: estudos sobre o sujeito em ˜Uma duas”, de Eliane Brum.
4)      Lucas Fernando Gonçalves (UnB): A epistemologia do romance: fundamentação, pensamento, espírito e memória.

11 de Agosto –Tarde Mesa 8:
1)  Frederico Coelho (PUC-Rio): Escritas da infratura.
2)   Omar Salomão (PUC-Rio): Suspiro – o que sobra e o que some através de Mira Schendel.
3)    Adriana Maciel (PUC-Rio): O movimento dos corpos na renga particular de John Cage.
4)    Luiz Guilherme Fonseca (PUC-Rio): Intoxicação voluntária e escritas de si na produção de subjetividades dissidentes.
5)    Charles Philippe Jacquard (PUC-Rio): Imaginismo onilírico: pode o sonho produzir narrativas políticas?

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domingo, 30 de abril de 2017

VI ENCONTRO DO GRUPO TEXTUALIDADES CONTEMPORÂNEAS PUC-RIO 2 de maio

LOCAL: PUC-RIO – SALA CLEONICE BERARDINELLI – LF42
DATA: TERÇA-FEIRA, 02 DE MAIO DE 2017
HORÁRIO: 10:00 – 18:00
COORDENAÇÃO: JÚLIO DINIZ E MIGUEL JOST

CAFÉ DE BOAS VINDAS – 09:30 – 10:00

MESA 1 – 10:00 – 12:00 
Mediação: FERNANDO FIORESE (UFJF)

ROGÉRIO LIMA (UnB/CNPq)
Título: Entre a regra e a exceção: pensar a criação artística num mundo mal
Resumo: No desenho do tempo presente intelectuais como Zygmunt Bauman (2015), Pascal Gielen (2015); artistas como Pier Paolo Pasolini e Damien Hirst (1991) chamaram atenção—por meio das suas obras e ou pensamento crítico—para a barbárie que domina o nosso tempo. A figura do tubarão-tigre medindo cinco metros e pesando mais de 2 toneladas, embalsamado, de autoria do artista inglês Damien Hirst é uma das representações mais agressivas do nosso tempo na arte contemporânea. A obra intitulada The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living, de 1991, representa bem a fúria e a voracidade da nossa contemporaneidade, além de afirmar e confirmar a supremacia do dinheiro e o poder que alguns nomes tratados como marcas têm no universo da arte contemporânea—em estreita conjugação com a publicidade—de atribuir valor de obra de arte a determinados objetos. Este trabalho tem como proposta pensar alguns aspectos do tempo presente, lançando uma mirada investigativa e teórica sobre diversas formas de expressão intelectual no âmbito das artes e das humanidades: literatura, crítica, dança, fotografia, performance, economia, cinema, política, mídias digitais, novas identidades sociais.

FREDERICO COELHO (PUC-RIO)
Título: Contracultura: escritas transgressoras para existências experimentais
Resumo: A fala investigará um conjunto de práticas artísticas e textuais relacionadas à contracultura e sua época (1960/1070) cujas transformações radicais na própria definição dos sujeitos (e de sua crise) fundam escritas transgressoras sobre si, sobre o outro e sobre os campos de ação que tais práticas atuam. A transformação epistemológica dos centros organizadores do discurso durante o pós-guerra e as lutas anticoloniais rasuram existências e saberes estáveis (a Cultura) e produzem novas subjetividades que reivindicam a invenção, a experimentação e o delírio como procedimentos na arte, na política e numa vida "contra a Cultura". São textos que nascem em prisões, internações psiquiátricas, torturas, exílios, solidões, silêncios, amizades ou resiliências e materializados em poemas, diários, cartas, artigos, entrevistas, falas, teorias, livros, filmes, arquivos. Nos instalaremos em alguns exemplos para propormos um pensamento crítico oriundo desse período em contraponto a abordagens simplificadoras do período e dos nomes envolvidos. 

JÚLIO DINIZ (PUC-RIO/CNPq)
Título: Foto(bio)grafias
Resumo:  A fala tem como objetivo especular sobre a utilização da fotografia como uma narrativa autobiográfica e autoficcional, em particular, na cultura brasileira. Inúmeros livros e catálogos, nas últimas décadas, investiram na ideia de se criar, a partir de acervos iconográficos, uma “história da vida cultural brasileira” a partir de histórias de famílias, grupos e indivíduos como uma maneira de “preservar” a memória e “ilustrar” o passado. Observa-se na contemporaneidade a emergência de um desejo incessante de documentar, guardar, multiplicar, preservar, com medo de um bug, apagão, falha, perda definitiva. Parece uma busca desesperada (e já por si fracassada) de totalizar a memória, arquivá-la num HD indevassável, monumentalizar a experiência humana. O peso documental das imagens que marcaram o período varguista do Estado Novo, por exemplo, imprime dureza, gigantismo, relevância e autoridade às cenas que tinham como objetivo afirmar nossa emergente e frágil modernidade. São representações fechadas, unificadas, formas imaginárias de uma desejável e manipulável identidade brasileira costurada nas feridas que a(s) ditadura(s) nos impuseram. Como contraponto, ou leitura a contrapelo das narrativas visuais vistas do presente, pode-se pensar não na representação in totum dos componentes significativos, mas na encenação da ambiência que se infiltra na (obs)cena do retrato.    

MIGUEL JOST (PUC-RIO/CAPES)
Título: Fome e marginalidade na produção audiovisual brasileira
Resumo: A comunicação pretende, a partir de uma revisão crítica dos conceitos de "estética da fome" de Glauber Rocha, "cosmética da fome" de Ivana Bentes e "dialética da marginalidade" de João Cezar de Castro Rocha, analisar como os termos fome e marginalidade foram determinantes como vetores de interpretação para o cinema brasileiro desde os anos 1960. Sob essa perspectiva, desejo ainda jogar luz sobre a maneira como um conjunto de realizadores do audiovisual contemporâneo em nosso país recebe e incorpora esse debate em suas obras.

MESA 2 – 13:30 – 15:00
Mediação: SYLVIA CYNTRÃO (UnB)

ALEXANDRE MONTAURY (PUC-RIO/CNPq)
Título: De papéis e texturas
Resumo: Em Os papéis da prisão, de José Luandino Vieira, e em Os papéis do inglês: ou o ganguela do coice, de Ruy Duarte de Carvalho, é possível identificar textualidades e tonalidades heterogêneas, que se abrem para o relato etnográfico e a ficção; para os registros anticoloniais e as práticas de escrita pós-colonial, entre outras formas de objetivação. Mais do que um esforço analítico das cronologias histórico-políticas ligadas ao colonialismo português em Angola, pretende-se evidenciar "texturas" presentes nesses "papéis", a partir da premissa de que carregam procedimentos particulares de hibridação: além de amalgamarem sentidos, métodos e registros de natureza diversa, são capazes de gerar comunidade a partir de gestos de resistência que nascem num espaço de coabitação tensa, onde racionalidades hegemônicas e racionalidades alternativas desenham um quadro singular de epistemologias e textualidades em conflito.

ELGA LABORDE (UNB)
Título: Hermenêutica e reinvenção da linguagem na narrativa de Diamela Eltit
Resumo: Esta comunicação objetiva analisar alguns aspectos textuais dos romances Los trabajadores de la muerte (1998) e Fuerzas Especiales (2013), dentro dos focos teóricos da pós-modernidade e das complexidades simbólicas de representação que Diamela Eltit propõe na relação entre a realidade, a condição humana e a perspectiva histórica.  Este trabalho procura também, revisar a intensa intertextualidade e o barroquismo que habitam a obra dessa autora na hermenêutica de sua linguagem fragmentária; o deambular de sua fragmentação, da pluralidade e multiplicidade, da dispersão e da marginalidade. Nesse contexto, enfoca-se a palavra e seus descentramentos, pedaços de materiais, de vozes, de gêneros; assim como a mascarada e o simulacro, a verbalização das emoções, a multiplicidade da escrita, próprias das incertezas e desorientações como local da literatura do Chile na contemporaneidade.

FERNANDO FIORESE (UFJF)
TÍTULO: Uma outra história: em torno da poética de Francisco Alvim
RESUMO: Os estudiosos assinalam na poética de Francisco Alvim a despretensão estética e estilística e o caráter fragmentário, elíptico e minimalista, bem como a crítica ao formalismo, ao engajamento político e à ideologia, posturas típicas da poesia dos anos 1970. Também se referem à elisão do eu lírico (nos moldes definidos por Hegel) por meio do acolhimento das vozes de pessoas anônimas e comuns, em geral postas à margem do registro histórico e consideradas, por conta de sua dissonância ou contraposição, não mais que um banal desvio na sintaxe reta e férrea dos discursos hegemônicos. Neste sentido, propõe-se a leitura da poética alviniana, em particular o poema “Revolução”, extraído do livro Passatempo (1974), como enfrentamento das questões relativas à passagem da modernidade à pós-modernidade, tal como identificadas por Gianni Vattimo em La fine della modernità: nichilismo ed ermeneutica nella cultura post-moderna (1987) e La società trasparente (1989), a saber: o fim da noção de história unitária, centralizada e conforme ao ideal europeu de progresso e civilização, o advento plural e explosivo de outras vozes, racionalidades e Weltanschauungen “locais” (minorias étnicas, sexuais, religiosas, culturais, estéticas etc.) e a crise do “princípio de realidade” debitário do vigor e da violência da Metafísica no sentido de submeter as coisas, o homem e o mundo à objetividade da ciência-técnica. 

CAFÉ – 15:00 – 15:30

MESA 3 – 15:30 – 17:30
Mediação: MIGUEL JOST (PUC-RIO/CAPES)

PAULO DA COSTA E SILVA (UFRJ)
Título: Viver para criar. Uma leitura sobre o processo criativo na vida contemporânea
Resumo: Partindo do campo recente e multidisciplinar dos estudos do processo criativo, a comunicação pretende investigar algumas questões que emergem do encontro entre características marcantes da vida contemporânea e o pensamento criativo. A fala irá se apoiar numa leitura ontológica do processo criativo, frisando a importância crucial de seu cultivo na vida cotidiana como antídoto e defesa diante de um mundo marcado pela escalada do sentimento de insegurança e de impotência individual. Sob a luz de concepções históricas, filosóficas e artísticas, serão abordadas algumas noções correntes sobre criatividade (englobando diversos campos artísticos e científicos), e alguns dos possíveis incentivos e obstáculos que a vida contemporânea coloca no caminho da expansão criativa em todas as esferas da vida.   

SYLVIA CYNTRÃO (UnB)
Título: O lugar da poética do cancionista nas reorientações da expressão cultural brasileira contemporânea
Resumo: Esta comunicação visa discutir alguns aspectos de como a música popular brasileira desenvolveu-se como voz ativa da contemporaneidade no Brasil e de que formas vem se manifestando como vetor cultural que trabalha com a figurativização do real, manipulando um capital simbólico coletivo. O teórico Dominique Maingueneau cunhou uma palavra –paratopia- que traz a questão-chave em torno da qual a multiplicidade da expressão poética contemporânea pode ser pensada. Ele aponta para o fato de a literatura (e aí incluímos a canção popular como parte do projeto poético brasileiro modernista que se inicia em 1922) ser um espaço diferente das outras atividades sociais, porque não é possível definir para ela um espaço estável no âmbito da sociedade. O artista contemporâneo da canção habita um espaço estético de intervenção em que qualquer identidade radical é diluída e o sujeito artístico é livre para ressignificar o imaginário que o impulsiona, na incorporação de seu contexto de influência. Olharemos o sujeito histórico, que, criado pela cultura de fim de século (XX) e início do XXI, conforma e reduplica, ou traduz e transforma a tradição. Tentamos, assim, oferecer algumas pistas sobre o lugar social e existencial do cancionista hoje.

WILTON BARROSO FILHO (UnB)
Título: Escolhas estéticas e a configuração do espaço criativo em dois momentos da obra de Carlos Fuentes
Resumo: Entre dois romances de Carlos Fuentes, La muerte de Artemio Cruz, publicado pela primeira vez em 1962 e Federico en su balcón, publicado logo após a sua morte, em 2012, podemos observar dois momentos de sua grande carreira literária. A proposta de estudo aqui é analisar se há uma mesma regularidade de construção imaginária nestes dois romances. Examinaremos as escolhas estéticas do autor para podermos extrair a reinvenção praticadas no interior dos seus territórios de criação e analise. As figurações das relações humanas dos dois personagens, Artemio et Federico, serão analisadas dentro de uma perspectiva comparatista para assim exprimir o  jogo que lhes dá as suas expressões humanas, situadas no interior de seus espaços imaginários. Finalmente o estudo do espaço criativo em Fuentes conduz, supomos, a uma arqueologia da intimidade do seu texto que faz surgir a sua verdadeira identidade literária bem como as transformaçøes que aparecem no processo criativo dos seus romances, o que acaba por desvendar a reconfiguração do seu espaço imaginário. 

LEANDRO RODRIGUES GARCIA (UFMG)
TÍTULO: "Crítica epistolográfica" - uma nova crítica? um novo método?
RESUMO: Os estudos e publicações de cartas e correspondências tem alcançado um significativo aumento, nos estudos literários brasileiros, nos últimos anos. Nunca se publicou tantos epistolários, nunca a carta ganhou tanto espaço em periódicos, programas de TV e jornais de resenha, fazendo com que editoras de todos os tamanhos começassem a perceber a importância e mesmo o poder de mercado de tal gênero. Na Universidade, é sensível o aumento de dissertações e teses que tentam compreender o fenômeno epistolar. Neste sentido, em 2014, durante um evento científico na Universidade de São Paulo, criou-se a expressão "Crítica Epistolográfica" para tentar caracterizar todo o trabalho hermenêutico em torno das cartas. Seria esta expressão adequada? Trata-se de uma nova área da crítica literária ou apenas uma metodologia da mesma? Quais as suas fronteiras metodológicas e epistemológicas? São questões que pretendemos problematizar neste encontro, longe de defini-las em exatidão. 

ENCERRAMENTO – 17:30 – 18:00
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